"Pior do que saudades de quem está está longe é saudades de quem está perto" - Pensava constantemente.
Na mesa, como único companheiro, um copo de qualquer bebida barata... A solidão em forma de pessoa.
Não sabia se era o rosto dela que refletia na superfície daquele líquido amarelado e intragável
ou se era seu próprio rosto, desfigurado de tanto sofrimento. Irreconhecível até para quem o conhecia há muito tempo.
O sentimento o consumia, dia após dia, e a bebida parecia ser a solução para sua angústia.
Habituou-se àquela rotina. Os anos se passaram...
Já nem lembrava por quem sofria.
Era preciso criar outra saudade!
Ideias náufragas
O náufrago vive na espera de ser salvo por alguém. Ele está nessa condição não por vontade própria, mas pelos desígnios do acaso. Para conseguir suportar a dor da solidão repentina, ele pensa, cria e transforma a realidade. Muitas vezes ele não é descoberto e morre. Algo semelhante ocorre com minhas ideias.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Idades inatingíveis (ou da série: tirando o mofo)
Resolvi publicar este texto que há algum tempo eu escrevi, mas que havia deixado guardado. Ei-lo:
Idades inatingíveis
Quando eu era criança, ainda nos primeiros anos do colégio, olhava para aqueles “adultos”, no alto dos seus 15 anos e os achava o máximo. Pensava comigo se um dia eu seria grande e popular como eles. Como o tempo demorou a passar até que eu chegasse nessa idade!
Finalmente, quando comemoro meu 15º aniversário, eu nem atento para esse fato. Não me notei grande e tampouco popular. Isso aconteceu porque, talvez, eu já tivesse outra meta a atingir: completar 18 anos! Porque finalmente eu tiraria minha carteira de motorista (carta de alforria para muitos adolescentes) e, para aqueles amigos de humor mais refinado, já poderia ser preso. Uma maravilha!
Dessa vez eu senti o tempo passar mais depressa e logo me vi na maioridade. Sim, tirei minha carteira de motorista o mais rápido que pude (falhei na primeira tentativa, mas tudo bem). Não, não fui preso (mas ainda há tempo)! Acontece que não houve tanta empolgação quanto eu imaginava que teria ao alcançar tão desejada idade.
A cabeça se ocupava com outras preocupações, como o vestibular que se aproximava, um relacionamento que estava um pouco conturbado e etc. Ou seja: não me vi com 18 anos. Infelizmente.
Agora, vocês podem imaginar, eu miraria um futuro próximo, uma vez que, passados os 18 primeiros anos, o restante passa num ritmo alucinante (quase não se percebe o envelhecimento). Sonharia comigo formado, empregado e, se a sorte me sorrir, bem acompanhado...
Mas, quando eu paro e penso, me pergunto: será que é isso mesmo que eu quero? Será que estarei tão empolgado quanto julgo estar agora com a possibilidade de os meus sonhos se concretizarem? Ou será que eu quero voltar a viver tudo aquilo que pensei que viveria e não vivi? É bem verdade que essas idades são inatingíveis. Ou, pelo menos, elas não nos surgem quando mais desejamos. Que pena!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Gente que respira
Vão me chamar de tudo, menos de santo... A verdade é que eu não gosto muito de gente que respira. E vou logo explicando do que isso se trata: são aquelas pessoas que vivem em função de algo, que “respiram” esse algo a ponto de se fecharem para as opiniões alheias.
Acho bacana que as pessoas tenham ideais, sigam os bons exemplos trazidos por seus ídolos (mas sem idolatria, por favor!) e que defendam determinadas posições. Mas o que eu venho presenciando ao longo da minha carreira acadêmica e até fora dos muros da Universidade é um exagero desmedido dessas “paixões”. Galera, tudo em demasia tende ao caos. Minha opinião!
Parece que alguns sentem a necessidade de se posicionar acerca de algum tema de corpo e alma. Chegam a ser ridículas (de rir, mesmo) certas cenas. Eles respiram de tudo: desde o time de futebol para o qual torce ao partido político do qual é membro. O triste é que várias pessoas próximas a mim são assim!
Do ato de respirar resulta a cegueira e a surdez. Aquele que respira sorve tanto suas ideias, que não enxerga a real situação do mundo que o rodeia, que muitas vezes não condiz com o seu pensamento; costuma bradar tanto aos sete ventos suas convicções, que se esquece de escutar o que o outro tem a dizer, e que muitas vezes pode lhe ser utilíssimo. Não venho tratar aqui do que é certo ou errado. Até porque eu conheço muito pouco.
Quando eu encontro pessoas que agem dessa forma, logo me lembro daquela história de que nós possuímos dois ouvidos e uma boca justamente para poder ouvir mais do que ser ouvido. Estendo isso à visão: possuímos dois olhos e uma boca para podermos enxergar mais do que falar.
Muita gente não vem seguindo essa ideia, que, para mim, é uma máxima; muita gente também confunde a ponderação e a parcimônia com a falta de posicionamento. É uma relação infeliz. E novamente: é minha opinião!
Acho bacana que as pessoas tenham ideais, sigam os bons exemplos trazidos por seus ídolos (mas sem idolatria, por favor!) e que defendam determinadas posições. Mas o que eu venho presenciando ao longo da minha carreira acadêmica e até fora dos muros da Universidade é um exagero desmedido dessas “paixões”. Galera, tudo em demasia tende ao caos. Minha opinião!
Parece que alguns sentem a necessidade de se posicionar acerca de algum tema de corpo e alma. Chegam a ser ridículas (de rir, mesmo) certas cenas. Eles respiram de tudo: desde o time de futebol para o qual torce ao partido político do qual é membro. O triste é que várias pessoas próximas a mim são assim!
Do ato de respirar resulta a cegueira e a surdez. Aquele que respira sorve tanto suas ideias, que não enxerga a real situação do mundo que o rodeia, que muitas vezes não condiz com o seu pensamento; costuma bradar tanto aos sete ventos suas convicções, que se esquece de escutar o que o outro tem a dizer, e que muitas vezes pode lhe ser utilíssimo. Não venho tratar aqui do que é certo ou errado. Até porque eu conheço muito pouco.
Quando eu encontro pessoas que agem dessa forma, logo me lembro daquela história de que nós possuímos dois ouvidos e uma boca justamente para poder ouvir mais do que ser ouvido. Estendo isso à visão: possuímos dois olhos e uma boca para podermos enxergar mais do que falar.
Muita gente não vem seguindo essa ideia, que, para mim, é uma máxima; muita gente também confunde a ponderação e a parcimônia com a falta de posicionamento. É uma relação infeliz. E novamente: é minha opinião!
O que eu apenas peço é que procuremos (eu também me incluo nessa. Por que não?) escutar e observar mais. Dessa forma evitaremos confusões desnecessárias e aprimoraremos nosso conhecimento. Por último, faço este apelo: respirem menos! Obrigado
sábado, 22 de maio de 2010
Eu quero isso; eu quero aquilo
Eu quero o raso; eu quero o fundo
Eu quero o passo; eu quero o poço
Eu quero o prato; eu quero o trato
Eu quero o louco; eu quero o troco
Eu quero muito; eu quero pouco
Eu quero tanto; eu quero o canto
Eu quero o máximo; eu quero o próximo
Eu quero o ótimo; eu quero o último
Eu quero o sal; eu quero o sol
Eu quero hoje; eu quero ontem
Eu quero o vento; eu o quero lento
Eu quero ser; eu quero ver
Eu quero vir; eu quero ouvir
Eu quero ficar; eu quero sair
Eu quero deitar; eu quero dormir...
sexta-feira, 21 de maio de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
é melhor (?)
é melhor preservar o que se tem de certo,
do que ficar imaginando como seria
se não fosse do jeito que é
e largar mão do que já tem. (?)
As conversas no msn nunca foram tão produtivas!
;)
do que ficar imaginando como seria
se não fosse do jeito que é
e largar mão do que já tem. (?)
As conversas no msn nunca foram tão produtivas!
;)
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Quanta preguiça!
Nem sei quando eu percebi isso em mim. A questão é que sou um ser preguiçoso. Acho que essa característica surgiu na minha pré-adolescência, não sei. Talvez. Tenho preguiça quase sempre. Não tenho preguiça de dormir, isso é fato, mas tenho preguiça de me levantar, de me submeter àquela sucessão de atos que antecedem o café-da-manhã, de pegar o carro e ir ao trabalho, de trabalhar...
Este é o meu primeiro post do ano e eu já o havia pensado desde o meio do ano passado. Poderia atribuir esse atraso à falta de tempo, afinal trabalho pela manhã e estudo pela noite. Mas não; é preguiça mesmo! E agora que eu estou de férias de pelo menos uma das minhas obrigações (da Universidade. Mas espera aí! EU trabalho na Universidade!), achei por bem publicar este texto.
A preguiça me poupa de certas situações desagradáveis. Como da vez em que, por pura preguiça, eu resolvi não falar com aquela menina mais bonita da festa. O namorado dela estava a poucos metros e eu só fui me dar conta depois. Ainda bem que eu não fui. Outra vez fui convocado para um encontro de velhos amigos, mas preferi curtir um pouco mais a minha cama e findei não indo. Aconteceu que naquele dia choveu tanto que as ruas viraram rios e o encontro foi cancelado.
Até aqui tudo bem, a preguiça me ajudou bastante, nas mais diversas situações. Porém ela, por vezes, me tem tirado ótimas oportunidades. Quantas vezes eu deixei de conhecer a pessoa da minha vida por causa dela? Quantas vezes eu deixei de me divertir por simples comodismo? Quantas vezes eu deixei de viver de verdade?
Em resposta a essas perguntas que me tiram o sono (que ofensa) eu resolvi, como meta a ser alcançada neste ano que se inicia, ser menos preguiçoso. Posso começar dormindo menos, praticando algum esporte, tendo mais atitude diante de decisões importantes, escrevendo mais, enfim, sendo mais vivo.
Ou vai ser assim ou vou me acomodar de novo. Porque eu venho prometido essas coisas há tanto tempo que tenho até preguiça de lembrar!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Serei escritor (ou não)!
Está decidido, amigos: serei escritor!
Escreverei não somente sobre minha dor,
mas também tratarei do amor.
Do amor que tive, tenho ou terei...
Não importa! Importa que sei o que serei:
serei escritor!
(continua nos comentários...)
Escreverei não somente sobre minha dor,
mas também tratarei do amor.
Do amor que tive, tenho ou terei...
Não importa! Importa que sei o que serei:
serei escritor!
(continua nos comentários...)
...
Foi preciso me ferir pra poder me curar de uma ferida antiga!
E o que há de bom nisso?
Respondam-me! Se a ferida foi no mesmo local...
E o que há de bom nisso?
Respondam-me! Se a ferida foi no mesmo local...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Despretensiosarte
A despretensiosarte é aquela
que surge quando menos se espera.
Tropeça-se num potinho de tinta
e forma uma figura bela.
Não importa o tipo: guache, a óleo ou aquarela.
Contanto que o mundo seja sua tela.
Tropeça-se num potinho de tinta
e forma uma figura bela.
Não importa o tipo: guache, a óleo ou aquarela.
Contanto que o mundo seja sua tela.
Assinar:
Postagens (Atom)